Vestibular ou intercâmbio? Qual a melhor opção?

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09/11/2015

As propagandas de natal na televisão já começaram, os shoppings centers estão repletos de decorações natalinas e já é possível até, esbarrar com alguns dublês de papai noel nos centros da cidade. É assim que nos damos por conta que o ano de 2015 está na reta final. Junto com o final do ano, chega aquela correria para solucionar tarefas que não podem ser deixadas para o ano que vem.

Os mais jovens, que estão no final do ensino médio sentem essa pressão à flor da pele.
Preciso ir bem na escola para me formar este ano. Preciso ir bem no Enem. Preciso passar no vestibular. Preciso decidir meu futuro. Preciso saber o que quero fazer pro resto de minha vida. UFA! São tantas as perguntas e questões que nos são impostas quando estamos saindo do colégio.

Hoje, percebo o quão difícil é para um jovem decidir seu futuro quando está saindo da escola. Muitas vezes, recebemos a pressão dos pais para escolhermos um curso na faculdade que eles acham promissor para o futuro ou que devemos seguir na mesma profissão de nosso pai ou de nossa mãe. Mas como saber o que queremos fazer se nunca exercemos aquela função? Se nunca tivemos a experiência de viver uma profissão?

Por isso, na hora da indecisão, pense em um plano B. O quão proveitoso seria fazer um intercâmbio antes de ingressar no ensino superior?
 

Quando sai do ensino médio, meu irmão já havia morado na Austrália e me incentivava frequentemente a fazer um intercâmbio antes de entrar na faculdade. Mas na época eu não dei ouvidos, por medo de perder contato com amigos, sentir saudades de casa, não conseguir me comunicar e ficar sozinha. Decidi fazer vestibular e começar a cursar uma graduação que eu nem fazia ideia se era o que eu queria. No passar dos semestres, fiquei na dúvida se era realmente aquilo que eu queria e se eu estava feliz com minha escolha. Eu mesma questionei, “como eu vou saber se é isso mesmo eu quero?”.

Então, surgiu a oportunidade de ir morar nos Estados Unidos. Não pensei duas vezes. Comecei a planejar tudo, tranquei minha faculdade e fui. Vivenciei coisas inexplicáveis, passei por alguns perrengues, chorei, senti saudades de casa, morri de rir, fiz amigos, aprendi coisas que eu não sabia e tive a oportunidade de ensinar coisas também. E o sentimento que me faz ter certeza do quanto foi bom viver essa experiência é a saudade.

Voltei para o Brasil e hoje sei o que eu quero. Ao contrário do que muitos pensavam, inclusive meus pais, não troquei de curso na faculdade e hoje tenho verdadeira admiração pela profissão que escolhi para o meu futuro e cada vez mais vontade de aprender sobre.

A duração do intercâmbio depende do que cada um quer e procura para sua vida. Pode ser um mês, seis meses, um ano ou dois. Talvez até cinco, quem sabe. Você faz as suas escolhas e tem as suas consequências. Quando tiveres a sua oportunidade, agarre-a com vontade.
Não deixe o medo de se afastar dos seus amigos, de desapegar das suas coisas, de não ter o colo da mamãe impedir que você viva esta experiência. As coisas por aqui não mudam tão rápido, os bons e fiéis amigos estarão aqui quando você voltar e a família estará sempre de braços abertos esperando por você. E a tecnologia está nas nossas mãos, nos dando a possibilidade de nos comunicarmos todos os dias com quem fica por aqui e matar a saudade quando ela insiste em nos visitar.

É possível ter certeza sobre tudo quando voltamos de um intercâmbio? Não, claro que não. A vida é um eterno aprendizado e é no decorrer das experiências que vivemos que aprendemos o que é certo e errado, bom e ruim para nós. Mas com certeza, é possível voltar mais focado, mais dedicado e com uma ideia maior do que se quer.

O amadurecimento, o aprendizado e a experiência que é possível adquirir em um intercâmbio, não há dinheiro que pague. Depende inteiramente do esforço de cada um ter uma experiência incrível.

 Se você, independente do que está fazendo hoje, não sabe se é isso que lhe faz feliz, se é isso que você quer seguir fazendo no seu futuro, pare e pense. Avalie sua situação e decida o que for melhor para você. Não se deixe levar por clichês que alguns insistem em nos aplicar. “Você sabe que vai atrasar sua faculdade né?”, “Você vai ter coragem de ir pra tão longe, onde você não conhece ninguém?”, “O que você vai fazer lá fora?", "Passar trabalho?”, “Mas a sua vida está no Brasil”, etc... Ninguém correrá atrás do seu futuro por você! Você é responsável por sua auto realização, portanto, não deixe-a nas mãos de outras pessoas.

Converse com seus pais, com sua família e esclareça que este é seu sonho, que este é o seu momento para descobrir seu potencial e a si próprio. Arrisque-se e viva essa experiência!

 

por Jéssica Grings


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